"Lá vem a quadrilha” gritou alguém da platéia. Anunciado por fogos de artifício, o vestido florido das meninas, as botinas e o charuto no bico dos caboclos, a maquiagem exagerada, a carroça de jumento de Ronaldinho, mas especialmente pela alegria radiante incorporada pelo clima junino, a escola José Nominando desfilou ontem, 12 de junho, no centro da cidade. A quadrilha “Ó NÓIS AQUI DE NOVO” formada por ex-alunos roubou a cena e foi o destaque da festa.
Seja pela ótima caracterização, pelo dançado tipicamente sertanejo ou simplesmente pela alegria contagi
ante, a quadrilha dos ex-alunos atingiu um resultado muito positivo. Comprovado pela escolha de dois casais que ficarão responsáveis pela organização do mesmo evento o ano que vem.
A animação era tão grande que até o diretor João de Assis entrou na dança. “Agora o véi dançou”, brincou ele ao ser puxado por uma ex-aluna para substituir a tradicional vassoura, usada quando alguém leva um toco-fora.
Até Antônio conhecido como chibatinha relembrou os remotos tempos de escola. Por outro lado, talvez tenha sido a irreverência e originalidade que favoreceram na escolha no casal Auriclécio e Vitória como um dos destaques.
Casamento matuto e até declarações de amor rolaram. Por mais estranhas que elas fossem, o ideal é claro, foi uma forma de descontração muito bem aceita. O que dizer da declaração de Leandro para Juliana: “Juliana, meu coração por te gela”.
Opinião
Vi o batido no peito esquerdo de Sandro Correia (Sandrinho) quando se referia a escola José Nominando. Apesar de o clima ser de brincadeira, naquele momento percebi o amor e respeito dos ex-alunos representados na palavra de apenas um.
Por um momento, a emoção bateu a minha porta. Lembrei dos tempos de ginásio e ensino médio: as aulas, as travessuras, os conselhos dos professores, as festas, as reuniões, os jogos e as quadrilhas que eu dançava tão mal.
A quadrilha dos ex-alunos está de parabéns. Entendo como a coerente professora Norma: “Não devemos perder a ligação com a escola”.
Até porque, acrescento eu, é ambiente onde vivemos parte da nossa vida. Onde construímos base ideológica, moral e intelectual para darmos seguimento a jornada. Foi lá que aprendemos grande parte de tudo que sabemos hoje. Foi lá que choramos ou sorrimos. Foi lá que idealizamos um futuro melhor. Foi lá que encontramos apoio e correção para nossos erros. Em resumo, foi e é lá um lugar de felicidade.
Por isso, parabenizamos tão brilhante arraia.
Gilmá Nascimento


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