Deputados paraibanos recebem R$ 23 mil por poucos dias trabalhados

Duas sessões ordinárias por semana. Pouco trabalho, várias mordomias e um salário de R$ 12 mil por mês, o que pode dar inveja a qualquer funcionário público ou trabalhador comum. Esse é o cenário vivido pelos parlamentares na Assembleia Legislativa da Paraíba. Uma realidade que tem gerado, cada vez mais, revolta e indignação da sociedade com a classe política, de um modo geral.

Leonardo Gadelha (PSB) revelou que a sociedade tem pressionado e que é preciso que haja uma conscientização e uma melhoria na qualidade da produção. Foto: Olenildo Nascimento/ON/D.A. Pres A situação financeira de um parlamentar é completamente diferente e desigual da de um trabalhador comum, que ganha por mês um salário mínimo de R$ 465,00 e trabalha de segunda a sábado, domingos e até feriados. Funcionários de shoppings, por exemplo. trabalham de domingo a domingo e tem apenas uma folga por semana e uma folga no domingo em cada mês.

Somente para se ter uma ideia da situação, na semana retrasada apenas sessão ordinária foi realizada na Casa. Essa semana, foram realizadas apenas duas. Na última terça-feira, os deputados aproveitaram para votar várias matérias sem nenhuma relevância. E na quinta foi realizada uma sessão relâmpago com o objetivo de discutir e tentar votar um projeto de lei de interesse do Tribunal de Justiça do Estado que cria 27 novos cargos e transforma os juizados especiais de alguns municípios em varas comuns.

Tem parlamentar que não comunga com essa situação e faz um alerta: "A sociedade tem pressionado. E essa pressão é legítima. É preciso que haja uma conscientização e uma melhoria na qualidade da produção do legislativo. Ou acontece isso ou a sociedade vai perceber, num futuro bem próximo, que o dinheiro público empregado para manter as casasnão se transformam em benefícios para o povo e estão sendo mal utilizados", garante o deputado Leonardo Gadelha (PSB).

Além de um gordo salário de 12 mil reais, os parlamentares têm direito ainda a uma polêmica verba indenizatória no valor de R$ 11 mil, créditos para ligações de telefones celulares de R$ 350,00, 15 assessores, entre outras mordomias, sem falar na verba social.

Paulo de Pádua

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